Demorei, mas vou contar como foi o finzinho da viagem.
Acordei em Munique três e meia da manhã. Não dormi direito, acordava todo o tempo durante a noite com medo de perder a hora, e uns caras ainda fizeram barulho no quarto, mas levantei na hora certa. Já tinha deixado tudo arrumado, então foi só juntar tudo e cair na estrada.
Graças àquela minha precaução, já tinha conferido qual horário do metrô, então não tive nenhum problema. Cheguei ao aeroporto faltando 40 minutos pro embarque, fiz check-in (a sensação de despachar aquelas malas foi maravilhosa) e esperei uns 20 minutos pro embarque.
Estava com uma sensação de dever cumprido. Tinha planejado tudo, repassado tantas vezes na minha cabeça, que naquela hora, ver tudo certinho, como o planejado, foi gratificante.
E mais uma vez, minha sorte com vôos. Munique – Lisboa sentado no corredor. Um cara na janelinha e ninguém na poltrona do meio, ou seja: conforto. Lisboa – Brasília, então... tenho que explicar! Era um avião grande, com três fileiras de poltronas, onde as duas perto da janela tinham 2 poltronas, e a fileira do centro, 4. Meu assento era o 18D, e quando percebi que era no meio da fileira do meio me decidi que pediria pra trocar, caso houvesse outro assento vago. O vôo estava meio atrasado o embarque demorou a começar, e quando começou, eu não vi. Quando percebi, havia uma fila quilométrica, mas o que fazer? Entrei na fila e fui embarcar. Procurei meu assento e não havia ninguém ao meu lado ainda. Sentei e esperei. Cada pessoa que se aproximava eu ficava imaginando se se sentaria ao meu lado, mas ninguém sentava, até que pararam de embarcar! Perguntei pra aeromoça se faltava muita gente pra entrar, e ela disse que não, que eu provavelmente ficaria sozinho naquela fileira mesmo. É, eu comecei a gargalhar, não acreditava na minha sorte!
Mesmo com tanto conforto, o vôo não foi tão bom. Com sono, não conseguia dormir devido ao nervosismo de voltar pra casa, e foram 9 horas vendo filme e jogando joguinhos. E as pessoas perto de mim me olhando com aquela cara de “vou matar esse moleque deitado sozinho nessas quatro poltronas, enquanto eu tenho que sentar do lado desse estranho aqui”.
Enfim, depois de muita turbulência estava de volta ao Brasil. De volta à secura do planalto central, à desorganização do aeroporto que atrasa na entrega das malas e à má vontade dos agentes alfandegários que não se importavam com a minha vontade de 34 dias de voltar pra casa.
“Olha lá ele”! Foi a voz do Miguel que eu ouvi primeiro. Adoro meus amigos, e eles adoram me fazer passar uma vergonha. “Me racha a cara de vergonha”, o Vini leu meus pensamentos.
Meus amigos e amores estavam no aeroporto pra me receber, e eu estava em casa.
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