27 agosto 2010

Roma

                É, faz tempo que não escrevo. Correria, viagem, acaba que não sobra tempo, descansar é prioridade. Então eu ia escrever 3 textos, um pra cada dia, mas pensei que é besteira, só cansa quem tá lendo. Então vou contar de uma vez como tá sendo Roma. =)
                Saí de Londres 7 e 10 da manhã, acordei às 4 e 40. Fui de taxi até o aeroporto, porque é bem longe da cidade, e a viagem não teve nada demais. To me acostumando com a rotina de aeroporto. Mas então eu desembarquei em Roma, fiz a imigração de boa, o cara só falava italiano e eu só inglês, e nos entendemos bem. Peguei a mala e começou o sofrimento, mais uma vez. As malas tão bem pesadas, e não posso reclamar nada, porque fui eu que escolhi assim, então vamos que vamos!
                Perguntei no centro de informações e fui pegar o trem até o Termini, a estação de trem principal de Roma, que pelo mapa ficava do lado do Hostel. Quatorze euros uma passagenzinha, coisa absurda! Viagem de primeira classe e não teve uma alma viva pra conferir o ticket, podia não ter comprado! Desci na estação, e lá fui eu pro castigo, procurar o Hostel. Com aquelas malas todas, é só sair da estação que vem 3 taxistas perguntar se eu queria o serviço. “Via Carlo Alberto, onde fica?”, “Ah, é muito longe, naquele sentido”, “Fica quanto pra me levar lá?”, “25 euros”, “Não tenho esse dinheiro, obrigado”. Realmente não tinha, mas mesmo se tivesse não pagaria, era muito caro. Pelo mapa parecia ser bem certinho. Caminhei na direção que o cara apontou e encontrei outro ponto da mesma estação de trem, com centro de informações. Ganhei um mapa e a localização do Hostel, e adivinha? Era do lado! 25 euros, pf... até parece!
                Caminhei na direção da rua e encontrei, Via Carlo Alberto, 24. Toquei a campanhia, subi os dois andares de escada (nesse ponto eu já tava suando de pingar, com minha camisa e calça jeans no calor de 34° de Roma) e cheguei ao Walter Rooms. Aí o cara me pergunta: “Cadê os outros?” “Que outros?” “Você está sozinho? Eu estou esperando um grupo de cinco! Vai até esse lugar aqui e faz o check in lá”. Tudo bem, o lugar não era longe, mas pô, o endereço era aquele. Tudo bem, desci as escadas, era no mesmo prédio, mas na rua de trás. Fiz o check-in, o cara meio mal-humorado, e eu: “Então, em que quarto eu vou ficar?” “Ah, o Fulano vai te levar lá”. Nem era na mesma entrada! Era no mesmo prédio, mesma rua, mas uns 100 metros de distância. Exercício de paciência, exercício de paciência...
                Sinceramente? O quarto à primeira impressão é péssimo, meio espremido, muita gente no mesmo quarto... mas depois se acostuma, da pra viver! Não recomendo pra ninguém não, mas chega um ponto, depois de tanto trocar de quarto nessa viagem, que a gente aceita qualquer coisa ter onde dormir sossegado. Tem um armário onde cabem minhas coisas em segurança, uma cozinha onde posso fazer minha comida, geladeira onde posso colocar minha comida, banheiro dentro do quarto e internet de graça!
                Me instalei e saí pra caminhar, procurar o que comer. Peguei um mapa no quarto que tem os principais prédios em evidência e saí pra andar por aí e comer. Achei um McDonald’s não muito longe dali, e almocei lá mesmo. Circulei no mapa os pontos por perto que pareciam mais interessantes, tracei minha rota e continuei caminhando. Passei por lugares muito bacanas, e Roma é assim: uma cidade que aparentemente não tem nada demais, aí você cruza com uma esquina e se depara com um prédio enorme, com estátuas gigantes que estão ali desde o início da civilização, só. A história por trás daquelas construções parece escrita nas paredes delas. Passei por um lugar chamado Trinità dei Monti, onde da pra se ver a cidade inteira, com o Vaticano ao fundo, é maravilhoso. Desci na direção de uma fonte muito bonita, cheia de gente e parece que tem alguma história particular por trás, devido à concentração de pessoas. Andar por aí na rua sozinho é bom, posso parar e ficar onde eu quiser pelo tempo que eu quiser, fazer o que eu quiser, comer aonde e quando eu quiser, mas o ruim é que não se sabe a história por trás das coisas. Ter um guia nessas horas seria bem melhor.
                Voltei ao Hostel, tomei um banho e encontrei umas almas vivas. Um cara da Venezuela chamado Alejandro que não agüenta mais a Lady Gaga e um argentino muito gente boa chamado Javier. Conversamos um pouco, e combinamos de sair à noite, comer alguma coisa. Conversei com família em casa, e quando era hora de sair, os caras aqui estavam dormindo. Lanchei por conta própria e fiquei a toa, fazendo nada. A noite apareceu mais gente aqui no Hostel e todo mundo ficou conversando, foi legal.
                O bom de Hostels é isso. A gente vê alguém e vai falar oi, perguntar o nome, conhecer a pessoa. Por mais que eu esteja sozinho, não se passou um dia em que eu não conhecesse alguém diferente, sempre tem com quem conversar.
               
                No dia seguinte levantei por volta das nove, tomei café da manhã e saí num sentido diferente do dia anterior. Andei até uma e pouco da tarde, e a bateria da câmera acabou. Pensei: “Não vou voltar aqui só para tirar fotos mais tarde, então vou para o Hostel, recarrego a bateria, almoço, descanso e mais tarde continuo o passeio”. Passei no mercado, comprei uma pizza, cheguei ao Hostel e lá estavam Alejandro e Javier, almoçando. Aí eles fizeram um convite que não tive como recusar. “Vamos à praia?” Eu já tinha pensado nisso, tinha vontade, mas sozinho não iria, e a oportunidade era muito boa, podia terminar o passeio outro dia, tenho um livre. “Ah, vamos. Agora?” “Em uma hora”. Deu pra almoçar, e não descansar.
                Um euro pra ir, outro pra voltar, de metrô. Óstia é outra cidade, a pouco mais de uma hora de metrô, saindo da estação Termini. Pra ser sincero, o passeio nem foi lá essas coisas. Ir à praia cansa, é esquisito! Não andei muito, só fiquei sentado na areia, dei um mergulho de 2 minutos no mar, só pra dizer que entrei no Mar Mediterrâneo, e voltei exausto! Deve ser o Sol. Tá quente demais, não tem explicação.
                Voltamos era quase sete e meia, e ninguém tinha ânimo pra encontrar o povo de ontem. Tínhamos combinado de encontrar o pessoal que estava no Hostel na noite anterior na fonte famosona lá esse horário, parece que tem uns efeitos com luz muito bonitos lá, mas não fomos. Eu mesmo comi, tomei banho, liguei pra casa e capotei.
                Dormi cedo porque ia começar uma nova tática. Cansei de ficar estatelando e suando no sol, não tem necessidade. Então no dia seguinte iria acordar o mais cedo o possível, sair cedo, e voltar ao Hostel por volta das 11. Almoçar, descansar, dormir um pouco e sair de novo lá pelas 16, quando o sol já está mais baixo. Não tem sentido ficar se queimando no sol à toa!

                Acordei então eram 7 e meia da manhã, tomei café no meu ritmo de “acordei cedo”, dei uma arrumada nas coisas e quando saí pra caminhar de novo, eram 8 e quarenta. Quando eu voltei e mostrei pro povo aonde tinha ido, eles ficavam espantados, pois eram 11 horas. É, eu fui longe e caminhei bastante. Fui à região do coliseu, tudo ali em volta.
                Tava na fila pra entrar no coliseu, mas desisti no meio do caminho. No começo da fila, um aviso dizia que é 4 euros pra entrar no museu, e quando vai chegando perto, outro dizendo que é 12! Não, to afim de pagar tudo isso não, já vi por fora. Sei que por dentro deve ser impressionante, mas já tava cansado também, e posso ver as fotos de lá de dentro na internet quando eu quiser!
                Voltei pro Hostel, e aqui estou descansando, pra seguir a nova estratégia e sair às 16, de novo. Então eu vou pro Vaticano, a parte mais esperada! Depois eu conto como foi! =)

25 agosto 2010

Sobre as fotos - Definitivo

É galera, cheguei a uma conclusão. Não vou colocar fotos aqui no blog. Dá muito trabalho. Quando chegar eu faço uma dessas páginas em que se publica as fotos só pra quem você autoriza, então quem quiser é só me pedir que eu libero. Quando eu chegar. =)

Ultimo dia de Londres






Cansados, claro, acordamos tarde. Pegamos um metro e fomos ate um ponto mais distante da cidade, a "Londres rica", como diz o Henrique. Loja da Lamborghini, Harrolds, essas coisas bobas. Museu de Historia Natural, palacio de Buckingham e estadio do Chelsea, todos coisas enormes, muito bonito.
Entao cansados, voltamos pra casa. Sabe que o Henrique sabe cozinhar? Risoto de presunto e bacon, uma delicia.
E depois, dormir, porque amanha e dia de acordar de madrugada pra ir pro aeroporto, voar pra Roma.

24 agosto 2010

Conhecendo Londres pra valer

Sai com o Henrique era quase meio dia, so nos dois. Pegamos um onibus e nem me preocupei com o rumo. Ele mora aqui a tempo o suficiente pra eu nao me preocupar.
Descemos depois de bem uns 20 minutos, e comecamos a andar. Paramos num restaurante da Companhia que ele trabalha, ele precisava conversar com uns caras la, e a caminhada continuou. Andamos, e andamos, e andamos, e vi tanta coisa que nem saberia nomear cada uma aqui. Ruas lotadas, predios bonitassos, lojas unicas (como a da Ferrari), pracas famosas, Trafalgar Square, onde fica um museu com o famoso quadro de Van Gogh, dos girassois, o Big Ben, que nem e tao grande assim...
Andamos mais um bocado, e la pelas 6 da tarde paramos em outro restaurante Zizzi pra jantar. Quando o Henrique falava pras pessoas o quanto a gente tinha andado eu percebia o quao longe tinhamos ido, pela expressao delas.
Quando voltamos pra casa meus pes doiam, e so me restou a opcao dormir cedo. Amanha ainda tem o resto de Londres pra ver.

Fui dar um passeio...


Henrique trabalhou hoje de 10 as 23, entao eu meio que tava por conta propria. Peguei algumas direcoes com ele, por onde passear e assim me fui.
O objetivo era chegar no rio Tamisa (nao tenho certeza se e assim o nome em portugues, em ingles e thames), que de la eu me virava. So que eu me desorientei totalmente quando cheguei na casa do Henrique, e quando sai pra rua, achava que o rio estava na minha frente, mas na verdade ele estava atras. E dificil explicar sem um mapa, entao nem vou tentar. Sei que achei a ponte, caminhei ao longo do rio ate a outra ponte, atravessei e continuei andando, ate a St. Paul Cathedral.
Maravilhosa a igreja, so que nao poderiamos entrar muito, pois a maior parte dela fica fechada dia de domingo. Eram 14:30 e a missa era as 18, entao tinha que cacar o que fazer ate a hora da celebracao. Perguntei pra uma guarda na rua onde eu conseguiria encontrar internet, e ela foi muito broder, disse que no McDonalds eles tem internet gratis o tempo todo. Entao la fui eu atras do Mc, ligar pra casa. Depois sai andando, olhando pros pontos do mapa que pareciam interessante e indo atras. Fui no museu de Londres, que nao paga pra entrar e tem muita coisa legal e dei uma volta, por ai. Assim mesmo. So sai andando. Vi tanta coisa legal, a cidade e bem bonita, bem diferente com o que a gente ta acostumado.
Meia hora antes da missa comecar comecei a cacar o rumo dela de volta, e cheguei com uma boa folga! Parece que aqui na Europa, aos domingos, eles tem uma missa grande pela manha e pela tarde sao como nos dias de semana. Nem homilia a missa teve, uma pena. Depois da missa fui conversar com o padre. father Andrew, muito simpatico, se amarrou em saber que sou brasileiro, e tudo o mais.
Mais 50 minutos de caminhada de volta pra casa, e foi quando me dei conta da cagada que fiz quando sai... o, senso de direcao porcaria, viu? =)
Cheguei, tomei banho e... dormi. Capotei, as 9 hrs da noite. Terminei de escrever esse texto quando acordei, as 9 hrs da manha do dia seguinte. Delicia!

Tchau, Aachen! Ola, Londres!

Gosto de me programar bem. Prevenir os imprevistos, chegar com folga aos lugares e nao ficar na correria louca. O Bruno foi comigo ate a estacao de trem, precisava comprar sua passagem para Dusseldorf, de onde vai voar de volta para Torino.
Nada a comentar, hehe. So que a mochila tava pesada, credo! Parece que tem uns 50kg a mais.
E o trem bala, que maravilha. A viagem ate Bruxelas que haviamos feito em 2 horas e meia durou pouco mais de uma, a cerca de 200km/h, coisa pouca. Encontrar a plataforma da Eurostar na estacao foi tranquilo, e la mesmo ja fiz a imigracao para a Inglaterra. Ate tava com um pouco de receio quanto a essa imigracao, meu primo disse que se eles encucarem com voce eles sao piores que os americanos, mas eu nao tenho cara de terrorista, ne? Foi tranquilo, mesmo com todas as perguntas "Quanto tempo? Onde voce vai ficar? Porque esta vindo para Londres? Quando chegou a Europa? Aonde vai depois? Quando volta ao Brasil?".
O Eurostar também é fera. Tao rapido quanto o ICE, e bem mais confortavel. So o Eurotunel, que deixou a desejar. Esperava mais. Parecia que estavamos atravessando uma montanha, nao vi quando entramos nem quando saimos.
Cheguei na estacao. E arrumadinho, mas nao tem a organizacao e sinalizacao alema. Muita propaganda, muita poluicao visual. Liguei pro Henrique, meu primo, encontrei-o no restaurante onde ele trabalha e la almocei um macarrao bom pra caramba. Fui pra casa dele, dormi e quando acordei a casa tava cheia, do povo que mora com ele. Pessoal muito gente boa, comecou a cozinhar, comida boa, e depois assisti "Yes, man". Eram umas 3 da manha quando fui dormir... =)

22 agosto 2010

Alemannia 2 x 2 Berlin

Compramos os ingressos uns dois dias antes, e eu tava muito empolgado, daquele jeito que eu fico, chato. A partida comecava as 18, entao a ideia ea chegar as 16, mas a cerimonia de encerramento terminou as 15:30 e os ingressos estavam no Hostel, entao ainda pegaria varios onibus.
Mas tudo deu certo, e gracas ao meu alemao que melhora a cada dia descobri qual o onibus que nos levaria ate o estadio. Assim, padrao europeu, ne? Daquelas coisas que a gente ve na tv, torcida a 5 metros das laterais, e o futebol alemao. Nao e como o brasileiro, com o cara tentando driblar aqui e ali pra chutar. Nao, pra eles e so corre que eu vou lancar e la voce se vira.
O jogo foi massa, com o time da casa pressionando forte, mas o atacante era tipo um obina, que quando pegava na bola nao sabia o que fazer. E quem nao faz, leva,e eles levaram. 1 a 0, mass nem durou muito tempo, porque rapidinho o lateal correu, cruzou e alguem acertou um voleio maravilhoso. A torcida ja era uma coisa contagiante, e depois desse gol, entao, ficou bom demais. Acabou o primeiro tempo, todo mundo descendo pra comer o sanduichao alemao, com salsichao, e no comeco do segundo tempo Alemmania sofre uma falta na entrada da area. A cobranca foi um lixo, bateu na barreira e deu rebote. O cara correru ate o escanteio, cruzou, o Obina errou a bola, que bateu na barriga do zagueiro e entrou. Gol contra, a torcida vibrando com a virada, e eu filmei tudo. Resolvi filmar a cobranca de falta, quem sabe eu dava sorte, e nao e que dei? Cinco minutos depois, a torcida organizadaa tava comecando um grito, e eu filmando, e o outro time empata. O gol mesmo eu nao filmei, apesar de estar assistindo, mas filmei a comemoracao do time adversario. No resto do jogo foi so pressao em cima do Berlin, mas se eles nao fossem um time de segunda divisao eles nem precisariam pressionar, o jogo teria sido goleada.
Voltamos pra casa bem, gracas a organizacao e seguranca alema, que inibe qualquer pensamento de fazer besteira, terminei de arrumar as malas e fui dormir sozinho no quarto de 5 camas, ja que todos os outros ja tinham ido embora.

E, o curso acabou.

Pela manha fomos as instalacoes da parte pratica da RTWH, vimos algumas coisas sendo priduzidas, e outrras eram trabalhos "secretos" e nAo pudemos ver, como se fossemos roubar as ideias. Mas o legal mesmo foi o carro hibrido. Eles fizeram todas as alteracoes por contra propria, e basicamente foi como ver tudo que aprendemos durante o curso. Fui o primeiro a entrar no carro, um corsinha, junto com o professor, e depois de ligar o computador de bordo (que funciona com o Windows XP) ele me explicou o que a telinha tava mostrando. Entao ele clicou num botao la (tela touch screen, claro) que dizia "zem - zero emission mode" e disse: "pronto, agora a gente pode sair", engatou a re e saiu! Ta, nao parece muita coisa, mas reparou que eu nao disse que ele nao deu com a ignicao? Era tudo na bateria, nao fazia um sonzinho sequer! SENSACIONAL, parecia carrinho de controle remoto! Depois de passar pelo laboratorio de acidentes (daqueles que os carros sao jogados contra a parede para testes) voltamos para o mensa, almocar.
Depois do almoco fomos ao Super-C, um predio em forma de C, todo de vidro, que e todo famosao e motivo de orgulho pra faculdade, a cerimonia de encerramento seria la. No ultimo andar, com uma vista fantastica de toda a cidade, foi uma cerimonia bonitinha, os organizadores emocionados, todo mundo muito saudoso, pois mesmo tendo sendo 3 semanas de curso, foram 3 semanas de curso com todo mundo convivendo quase que (em alguns casos sem o quase que) 24 horas por dia. Varias fotos, trocas de e-mail, telefone, "foi muito bom te conhecer", receber os diploma (CREDITOS PRA UNB, UHUUUL!) e despedida.
E ainda tinhamos que correr, o estadio nos aguardava.