31 julho 2010

Resumo 1

Hoje finalmente foi um bom dia. Munique pra mim foi muito problemático, e a solidão tava sendo um problema sério.
Esse número de telefone que eu comprei daqui me dava 10euros de crédito de início, mas eles acabaram nos únicos 4 minutos que eu usei pra ligar pra Fernandinha e pra minha mãe. Hoje eu comprei mais e agora é bem mais fácil me comunicar, porque rola SMS. Então se alguém quiser falar comigo, é só mandar uma mensagem para o exato número: +4917699077537 ! =)
Pelo programa da Universidade nos recebemos um ticket de ônibus, com o qual podemos andar pela cidade toda e mais um pouco por quantas vezes nós quisermos até uma semana depois que curso acabar. Não é um bônus, já que pagamos por ele junto com a grana que pagamos pelo curso, mas é muito útil. Provavelmente acabaríamos gastando muito mais sem ele.
Aachen é uma cidade relativamente pequena, mas eu vi uma Ferrari aqui hoje. Os carros são praticamente os mesmos que no Brasil, só que num nível mais elevado. Vê-se desde BMW’s 130i até Ka’s, a Chevrolet se chama Opel:
Olha o corsa deles
E em Lyège eu vi esse C1:


Seria melhor que tivesse disso no Brasil invés de nego ficar reformando aquele Uno horroroso.
No jantar eu descobri que só há 20 pessoas que vieram para os cursos – além do meu são mais dois – e 9 deles são do meu curso. Recebemos um fichário com bem umas 400 folhas de matéria e exercícios, e eu não tenho a menor idéia de como vou fazer para levar ele de volta pra casa. Mas que ele vai, ele vai.
Os outros 3 que estão no meu quarto são MUITO gente boa, e os outros 3 que não estão e estão dividindo outro quarto também são, e o povo tá se dando muito bem aqui. São uma companhia bem agradável. E além do mais, confesso, tava ficando agoniado já sem ter com quem falar português, então conhecer esse Bruno foi uma coisa muito boa. Ele mora e estuda na Itália programa da Fiat que dá estudos e bolsas de estudo, um esquema que parece ser muito bom.
A internet aqui no Hostel custa 1,50euro a hora, mas é bem razoável! Os banheiros são nos corredores, são 4 duchas por corredor com 8 quartos. Hoje chegou um bando de mulher pro nosso corredor - nós 7 só ocupamos 2 quartos - e elas achavam que a gente não entendia alemão. Ficaram falando um bando de coisa, foi hilário! =)
E também eu consegui um cabo pra passar as fotos pro computador com o Karl, o sul-africano, então to atualizando as outras postagens com fotos!
Aproveitem!
Ah, só mais uma coisa. Mãe, no caminho pra Aachen, teve um sorteio num dos trens, e eu ganhei! Mandei eles entregarem o prêmio aí em casa, e eles disseram que chega antes de mim. Então aqui tá uma foto do prêmio, pra você saber do que se trata. Arruma espaço na garagem, tá?
Só uma pequena parte da "cegonha" alemã
E hoje finalmente foi um dia bom.
Só é uma pena que não tenho cartinha pra hoje, a próxima é só pro dia 04. “/

O jantar de boas-vindas da RWTH

Voltamos cedo para o Hostel porque eu disse ao Ketan que o buscaria para irmos juntos ao jantar. Quando cheguei ao quarto, havia esse outro cara, o Karl, que também dividiria o quarto com a gente. Um sul-africano branquelo cujos pais são alemães, portanto não tem nenhuma dificuldade em falar nenhuma das duas línguas.
Dessa maneira fomos juntos para o jantar: eu, o Ketan, O Karl, minha Buddy Friend Sabrina, a Buddy Friend do Karl, Zaha – uma alemã que estuda na universidade muito simpática – e um amigo do Ketan que também tá fazendo o curso, mas que está em outro quarto. Foi nessa ida que eu tive a primeira idéia de como vai ser essas três semanas.
Um bando de gente indo a pé, pegando ônibus, falando tudo junto um monte de línguas diferentes. MUITO legal.
Aí, coitado do Ketan, quando descemos na estação ele se lembrou que se esqueceu de um cara no Hostel. Tinha conversado com esse Bruno a tarde inteira, e lhe prometeu que antes de sair bateria à porta dele para que ele viesse conosco. Pegou o ônibus de volta, porque tinha prometido pro cara. A Sabrina explicou pra ele como voltar e lá foi ele. Andamos um bocado e chegamos ao jantar.
Foi legal, porque conhecemos as meninas da faculdade com quem conversamos durante todos esses meses e conhecemos os outros alunos dos cursos também. Um bando de chinês que praticamente não se misturou, um Jordaniano muito gente boa, um cara da Indonésia, e... o Bruno! O cara tinha ido sozinho! Um brasileiro! Ri demais. Finalmente alguém pra conversar em português! Aconteceu que como o Ketan não bateu à porta dele ele foi por conta própria! O Ketan chegou bem mais tarde, coitado, mas não foi culpa de ninguém. O jantar foi delicioso, com salada, arroz e frango. Parece que vamos comer muito frango por aqui, porque tem muito muçulmano e indiano, e eles não podem comer carne de porco e de boi, parece.
Depois voltamos pro Hostel e os caras tomaram banho e saíram, mas eu resolvi ficar por aqui. Acordei muito cedo hoje, visitei outro país e conheci mais umas vinte pessoas, então foi demais pra mim num dia só.

Lyège

                Hoje fomos para Lyège, uma cidade pequenininha na Bélgica.
                Combinei com a Sabrina de me encontrar numa parada de trem no centro da cidade, e eu estava muito nervoso quanto a chegar lá sozinho. Acordei cedo e o Ketan, meu colega de quarto, já estava acordado, por causa do fuso-horário dele. Tomei café da manhã – na verdade pão com queijo e salame, por que eles não têm fruta – e saí para a parada Misereor.
                Acho que levo jeito para entender a cidade, por que cheguei ao lugar certo sem problemas e fomos para a estação de trem. A passagem pros dois custou 15,50 euros e ainda nos dava direito a andar de trem por Lyège o quanto quiséssemos. Depois de 5 minutos no trem já havíamos atravessado a fronteira, para se ter uma noção de como Aachen é perto da Bélgica e da Holanda.
Estação de trem de Lyège
                E é uma cidadezinha bem bonita mesmo. Dá pra notar logo pela estação de trem, que foi projetada por um arquiteto bem famoso, espanhol, o qual eu não conheço, mas é realmente bem bonita. Lá se fala francês, e o francês da Sabrina nem é tão bom, mas conseguimos chegar ao lugar certo depois de ela tentar falar com um monte de gente. Paramos na frente do centro de ópera da cidade, e depois fomos a um super mercado, onde eu comprei três garrafinhas enormes de sucos variados que juntos custaram 1,02 euros. Incrível!

Subi essas escadas todas e olha a vista lá de cima!
E o massa é que nego mora nessa "rua" de escadas:

 Começamos a andar pela cidade, e se têm lugares bem bonitos mesmo, ó:


Almocei um subway, onde os caras eram muçulmanos, foi bem engraçado, andamos mais um pouco e depois voltamos para “casa”. Foi uma boa viagem!

Chegando em Aachen

Graças a Deus ela estava lá.
Vou explicar. Sabrina é a minha Buddy Friend da Universidade aqui. Ela é responsável por me ajudar em Aachen, me explicar como as coisas funcionam, esse tipo de coisa. Ela é baixinha, gordinha, tem os dentes tortinhos e sofre de uma alergia a leite que causa piriri nela, tadinha. Mas ela é bem simpática, me ajuda muito e tem muita paciência comigo, então não tenho do que reclamar.
E como eu disse: graças a Deus ela estava lá. Ela disse que estaria na estação quando eu chegasse, de forma que eu não deveria estar agradecendo tanto, mas mais tarde eu fiquei sabendo que alguns Buddy Friends de outros alunos não os buscaram na estação. E se ela não estivesse lá eu estaria perdido.
O Hostel é bem afastado do centro da cidade, uns 10 minutos de ônibus. Mas quando eu cheguei e tava com aqueles 20kg nas costas a gente desceu na estação errada e tivemos que andar um bocado. Cheguei no meu quarto e já tinha um cara aqui, o Ketan. Um indiano com um sotaque muito forte, mas o cara é muito gente boa.
Tomei um banho e voltei pra cidade com a Sabrina, e lá comprei uma toalha pra mim e um chip pra telefone. Agora estou totalmente acessível! =) Depois fomos na PonsseStrasse, uma rua muito famosa e cheio de restaurantes e lanchonetes cheios de alunos. Fomos num cuja especialidade é frango. E o engraçado é que no meio do lanche a Sabrina saiu correndo pro banheiro. Ela tinha comido sorvete a tarde, e tava com dor de barriga por causa da alergia. Juro que fiquei com dó da bichinha. Na hora de voltar pro Hostel ela estava passando tão mal que me falou quais linhas de trem eu deveria pegar e praticamente mandou eu me virar. Juro que fiquei com muito medo.
Descobri que falar alemão é fácil, difícil é entendê-los. Eles falam muito rápido! Tive que pegar dois ônibus diferentes pra voltar pro Hostel, e nas duas situações pedir ao motorista pra me avisar qual estação eu deveria descer. No final deu tudo certo, cheguei aqui sem erros e fui dormir feliz da vida! =)

30 julho 2010

Caminho para Aachen

Estação de Munique
Estação de Munique
Encontrei o trilho do trem que deveria pegar sem nenhum problema, já que tudo é muito bem sinalizado, coisa de primeiro mundo. E nesses trens inter-regionais, sim, confere-se os bilhetes a toda viagem. Como ele para bastante, às vezes conferem até duas vezes. A viagem é muito gostosa. Apesar da alta velocidade o trem não sacode, as paisagens são lindas, ora passando por plantações,


ora por cidadezinhas muito bonitas que qualquer lixo deve ser mais velho que Brasília.

Fiz quatro trocas de trens até chegar em Aachen em diferentes cidades, e em todas as trocas peguei trens diferentes. Quando desço na estação com meu mochilão nas costas as pessoas olham esquisito para mim, to me sentindo uma tartaruga. Não tirei fotos em todos os trens porque alguns estavam muito cheios, e acho que as pessoas não gostam que fiquem tirando fotos delas. Às vezes, ainda, acho que neguinho tá falando de mim em alemão e eu não to entendendo. Mania de perseguição, hehehe.


Num dos trens eu sem querer entrei na parte reservado para a primeira classe. O cara veio, olhou meu bilhete e não disse nada. Acha que eu achei ruim?


Estação de Frakfurt


Saindo de Munique

Às vezes a gente comete uns errinhos bobos, sem perceber. Quando cheguei em Portugal, ajustei o relógio do meu celular para o fuso-horário local. Mas existe uma diferença de uma hora para a Alemanha, e eu não sabia.
O despertador do celular tocou as 4 e meia, como previsto. Mas quando olhei no relógio de pulso, que estava no horário certo, percebi a burrada. Fiz a maior balhureira pra sair do quarto, com a galera toda lá dormindo, e fiz check-out sem sequer ter ido ao banheiro. Eram cinco e 40 da manhã, o dia tava nascendo, e eu não podia pegar o metrô depois das 6, por que senão meu cartão já teria expirado. Tudo bem que a única vez que alguém tinha conferido meu cartão foi na primeira viagem que eu fiz, do aeroporto até a primeira parada, por sorte.
Vou explicar melhor. Tudo aqui é muito organizado, muito mesmo. Não tem como se perder com o transporte público e ele é até muito confortável. Parece que o governo confia no povo. Você não precisa apresentar o bilhete todas as vezes que vai pegar o metrô, mas ainda assim acho que são pouquíssimos os que pegam sem ter o bilhete, devido à grande quantidade de pessoas que se vê os comprando. Mas imagino também que se você for pego sem, a multa deve ser altíssima.
Continuando. Mesmo tendo viajado muito sem ninguém ficar conferindo o bilhete, não podia me dar ao luxo de dar esse azar. Mas eu arrisquei. Por que no último metrô que eu entrei, para chegar à estação de trem, eu entrei depois das seis. Mas graças a Deus nada aconteceu e ninguém veio conferir. Eu tava na esperança de que houvesse certa tolerância, caso alguém viesse.

Chegando em Munique

Pousei em Munique, beleza. Demorei a sair do avião por que troquei de lugar com uma senhora que tinha dificuldades de locomoção pra ajudar, e todo mundo naquela pressa pra sair do avião, fiquei pra trás. Mas tranqüilo!
O lugar de pegar a bagagem é bem afastado, andei bem um quilometro dentro do aeroporto, porque o terminal da TAP é o mais afastado. Mas até aí tudo bem. Complicado ficou quando peguei a mochila. Vou explicar.
Minha mochila é enorme, e tá lotada, graças a algumas surpresas super agradáveis. E ainda tem uma mochila menor que desgruda da grande, e essa eu usei como bagagem de mão. Só que ela tava meio cheia, e não conseguia encaixá-la de volta na grande, de forma que tive que ficar andando com 2 mochilas por aí, uma com 15kg e a outra com uns 5.
No aeroporto eu abri o notebook, consegui uma internet grátis e escrevi um e-mail pra família. Aí o sofrimento começou. Fui num guichê de informações, pra perguntar como chegava no endereço do Hostel que eu tinha reserva. A moça me explicou direitinho, quais linhas do metrô pegar e tudo, só que eu não consegui comprar a passagem, que é num guichê eletrônico. Custa 10,64 euros, e eu poderia andar de um lado pro outro no metrô até 6hrs da manhã do dia seguinte. Acho que era nervosismo, porque não consegui comprar por nada. Fiquei rodando de um lado pro outro no aeroporto com os 20kgs nas costas, sem saber o que fazer. Aí liguei para o Domingus – um amigo que fez alemão comigo esse semestre que está terminando um mês de curso de alemão em Munique também – para que ele me ajudasse. Ele me disse o que fazer e eu consegui comprar a passagem. UFA!
Peguei o metrô (o metrô acima da superfície chama S-Bahn e o abaixo U-Bahn) como a moça me disse. A linha S8 até o MarketPlatz e depois o U3 – os trens do metrô são MUITO rápidos, e nem peguei os trens bala! Mudei de trem, certinho, só que peguei a direção contrária, e até perceber já tinha andado muito! Enfim, desci do trem e peguei o do sentido certo, cheguei ao lugar. Lindamente. Só que a moça não me explicou o que fazer depois que chegar lá! Nas estações de metrô tem alguns mapas com as ruas das cidades, mas não encontrava a Mieningstrasse em nenhum (eu tinha o endereço do Hostel anotado, claro)! E o pior: tava caindo uma tempestade daquelas do lado de fora da estação. Lá fui eu ligar para o Domingus de novo, e ele falou para que eu voltasse à estação onde eu troquei de trens, uma bem no centro da cidade para que nos encontrássemos. Nos encontramos, e como é aliviante encontrar alguém que fala português. SÉRIO. Fomos em outro centro de informações e o cara me deu um mapinha, ensinando a chegar na rua certa. Me despedi do Domingus, com um convite para sair a noite. Deveria voltar a ligar para ele as 20hrs, já eram 16. Refiz todo o percurso e cheguei ao lugar certo lá pelas 17, depois de muito andar perdido e terminar pedindo informações a uma taxista simpática. Aliás, todos os alemães são simpáticos. Todos com quem eu falei, pelo menos.
O Hostel é justamente o que as fotos mostram, por isso não tive dúvidas de que eu estava no lugar certo. Fui atendido e direcionado para o meu quarto, cama 2. O quarto é bom, até. São 3 beliches e 2 banheiros, um só com privada e outro só com chuveiro. Desci, paguei 2 euros pelo aluguel de uma toalha e tomei um banho daqueles, sensacional. Subi na minha cama, em cima do beliche e comecei a arrumar minhas coisas. Decidi que no dia seguinte teria que andar com uma mochila só nas costas, por isso que teria que compactar ainda mais as coisas na mochila grande. E foi aí que descobri os presentes fantásticos que minha namorada linda mandou pra mim. Nem vou falar deles aqui não, porque são meus! =)
                Depois de tudo arrumado desci para entrar na internet e comer alguma coisa. Descobri que minha reserva não me dava direito à refeição, por isso tive que pagar 3,50 euros por um pedaço de pizza que o cara disse que esquentou, mas por cima estava congelado, credo. A essa hora já tinha ligado e desmarcado com o Domingus, porque já eram 18hrs e eu não tinha dormido nada ainda. Minhas costas ardiam de cansaço e eu não estava em condições de sair. Mandei e-mail pra família de novo e subi pra dormir. Foi quando percebi que as coisas são arrumadinhas mesmo. Os lençóis muito limpos, deu até gosto de dormir. Acordei umas duas horas depois agoniado, minha ficha tinha acabado de cair. Estava num lugar estranho, em que não conhecia ninguém e a mais de um mês de ver minha família. Quase entrei em parafuso.
                Desci decidido que iria falar com eles. Entrei na internet paga do hostel de novo, mas não tinha ninguém on-line. Voltei pro quarto, tirei o notebook da mochila pra entrar por ele, pra poder usar o Skype pra fazer ligações, e foi quando entrou um cara novo no quarto
 Até então eu só tinha visto outros três, esse tinha acabo de chegar no hostel. Ficamos conversando um pouco, ele era canadense, e muito gente boa. Passados uns 5 minutos chega o cara que tava dormindo na cama debaixo da minha, e ficamos conversando os 3 durante um tempão. O segundo cara é do País de Gales. Conversamos sobre Munique, cerveja, futebol, copa do mundo, eles conversaram sobre umas coisas que não entendi muito bem, porque eles falavam em inglês bem rápido, mas acho que tem a ver com o Canadá e os EUA, e depois descemos pra conhecer o Hostel. Começamos a jogar totó e o Hostel diminui as luzes, porque tinha dado 22hrs e o toque de recolher tava funcionando. Ter feito essas amizades me mostrou que vou ter que conviver bem com o povo que vai fazer o curso comigo. Quando a gente tem com quem conversar, mesmo que seja uma conversa difícil em outra língua, faz o tempo passar.
Subi, peguei o notebook e paguei absurdos 5 euros pra falar por ele o quanto eu quisesse, mas valeu a pena, porque eu vi minha meus pais, o Tetas, a Clarinha e o Samuel. E quando eles saíram fiquei conversando com minha paixão durante muito tempo. Quando voltei pro quarto era 1 hora da manhã e eu teria que acordar as 4 e meia, para pegar o trem na Hauptbahnhop (estação de trem central) as 7. Não sabia como seria, por isso me preveni, deixei tudo pronto pra só calçar e sair e capotei. Dormi muito gostoso, dessa vez.

Vôos

E além de toda benção, ainda tenho sorte!
“Janela ou corredor?” Ó, dúvida! “Vai de corredor. Adoro olhar pela janela, mas detesto ter que passar por cima dos outros para sair do meu assento” “Tudo bem então, pode usar as duas poltronas nesse vôo com poucos assentos vagos”. Haha, isso mesmo. Não tinha ninguém do meu lado, olha a foto!

Deu pra ver a lua cheia (e colocar o dedão em cima dela) o vôo inteiro, um nascer do sol que sem dúvidas até hoje foi a coisa mais fantástica que já vi, e ainda fazer xixi sem incomodar ninguém!
Nascer do sol visto do avíão a 12000 metros de altura =)
E o avião era muito chique, ó:
Telinha de todos os assentos

Assim foi a primeira parte da viagem de ida. Despedidas, sentimento de saudade, um abraço apertado na paixão, muitos “Santo-anjo” pra deixar a mamãe feliz e uma sorte enorme nesse vôo solitário e gelado. Só faltou conseguir dormir.
Cheguei em Lisboa, fiz a imigração sem nem perceber. Até entrar no avião para Munique foi menos de meia hora, o problema foi depois. O vôo estava lotado, sorte que tava do lado de uma brasileira. A esse ponto da viagem encontrar alguém que fale português é um alívio! E apesar do vôo cheio, a viagem foi tranqüilo.
PHoda mesmo foi o que aconteceu depois.

Saída

Sou um cara abençoado, nunca duvidei. Mas há ocasiões em que isso se torna uma coisa evidente.
Minha viagem começou com uma dessas ocasiões. Além de tudo ter sido preparado da maneira que foi - muito rápido e inusitado-, foi justamente nas vésperas em que tudo se evidenciou.
Uma família unida é uma benção. Amigos que te querem bem é uma benção. Uma namorada linda e apaixonada é uma benção. Ter experiências na vida e amadurecer é uma benção. Vou repetir: sou um cara abençoado.

Hoje foi um dia de despedidas. Um mês é tempo suficiente para juntar saudade de muita coisa. Mas acredito que tudo se acentue quando se está na expectativa. Não estive nervoso quase que hora nenhuma, mas ver aqueles que te querem tão bem relutando em te deixar ir é de ficar com o coração na mão.
Não quero parecer mau, mas também é uma sensação espetacular. As semanas pensando nos detalhes, os amigos que tem mais experiência se esforçando em te ajudar com tudo o que podem, os primos se reunindo pra se encontrar e se divertir como antigamente, o almoço em família como tradição, a namorada te surpreendendo com surpresas das melhores possíveis e as pessoas com quem você se importa indo até o aeroporto pra te dar um abraço e desejar boa sorte. Pode parecer pouca coisa lendo, mas me emocionou.

29 julho 2010

Nao-oficial

Eu escrevi muito durante a viagem, no avia. Uma pena que esteja tudo no meu pc e eu aqui no pc do hostel. :( mas logo logo vou ter arrumado isso e vou postar tudo que eu escrevi aqui. Mas so pra dar uma pincelada...


Os voos foram tudo ok, ate demais! capotei em todos...
ai cheguei em munique, naquele pique, e me perdi! assim, a principio nao me perdi, me perdi... sabia onde eu tava, no aviao, mas nao sabia pra onde ir! fui num guichezinho la e a moca me instruiur como comprar a passagem, mas nao tava conseguindo d jeito nenhum!  ainda bem que anotei o telefone do domingus, meu amigo que ta aqui que fez alemao comigo esse semestre... liguei pra ele, ele me deu uma forca... enfim, me perdi e depois eu explico melhor. mas o que importa e que depois de muito ir-e-voltar de metro com 20kg nas costas, cheguei no albergue faz uma hora, mais ou menos. tomei banho, comi, to aqui escrevndo, e ainda nao sei se vou furar a saida com o domingus ou nao... to precisando dormr e minhas costas tao doendo, mas ele pediu pra caramba...


isso fica pro proximo post entao!



rezem por mim!! chegada

25 julho 2010

Falta Pouco

Estou a dois passos de ir. Sensação pra lá de diferente.

É um tal de confere isso pra cá, procura aquilo pra lá, conversa aqui com quem tem mais experiência, imagina dali com quem quer que dê tudo certo... E aos pouquinhos algumas malas vão ficando prontas, algumas despedidas já vão sendo feitas, uma camisa hoje vai ser substituída por outra, porque ela vai ser levada...

Vê se tem trem tal dia pra tal lugar! É mais barato de avião?! Pô, mas fazer essa viagem de trem deve ser muito mais bonito! Mas tá muito caro. Deixa pra ver isso depois, estando lá!

Ô quarta-feira que tá MUITO próxima, mas parece que não vai chegar nunca!
Num vejo a hora de começar a escrever aqui, contando tudo, pra valer! ;)