É, faz tempo que não escrevo. Correria, viagem, acaba que não sobra tempo, descansar é prioridade. Então eu ia escrever 3 textos, um pra cada dia, mas pensei que é besteira, só cansa quem tá lendo. Então vou contar de uma vez como tá sendo Roma. =)
Saí de Londres 7 e 10 da manhã, acordei às 4 e 40. Fui de taxi até o aeroporto, porque é bem longe da cidade, e a viagem não teve nada demais. To me acostumando com a rotina de aeroporto. Mas então eu desembarquei em Roma, fiz a imigração de boa, o cara só falava italiano e eu só inglês, e nos entendemos bem. Peguei a mala e começou o sofrimento, mais uma vez. As malas tão bem pesadas, e não posso reclamar nada, porque fui eu que escolhi assim, então vamos que vamos!
Perguntei no centro de informações e fui pegar o trem até o Termini, a estação de trem principal de Roma, que pelo mapa ficava do lado do Hostel. Quatorze euros uma passagenzinha, coisa absurda! Viagem de primeira classe e não teve uma alma viva pra conferir o ticket, podia não ter comprado! Desci na estação, e lá fui eu pro castigo, procurar o Hostel. Com aquelas malas todas, é só sair da estação que vem 3 taxistas perguntar se eu queria o serviço. “Via Carlo Alberto, onde fica?”, “Ah, é muito longe, naquele sentido”, “Fica quanto pra me levar lá?”, “25 euros”, “Não tenho esse dinheiro, obrigado”. Realmente não tinha, mas mesmo se tivesse não pagaria, era muito caro. Pelo mapa parecia ser bem certinho. Caminhei na direção que o cara apontou e encontrei outro ponto da mesma estação de trem, com centro de informações. Ganhei um mapa e a localização do Hostel, e adivinha? Era do lado! 25 euros, pf... até parece!
Caminhei na direção da rua e encontrei, Via Carlo Alberto, 24. Toquei a campanhia, subi os dois andares de escada (nesse ponto eu já tava suando de pingar, com minha camisa e calça jeans no calor de 34° de Roma) e cheguei ao Walter Rooms. Aí o cara me pergunta: “Cadê os outros?” “Que outros?” “Você está sozinho? Eu estou esperando um grupo de cinco! Vai até esse lugar aqui e faz o check in lá”. Tudo bem, o lugar não era longe, mas pô, o endereço era aquele. Tudo bem, desci as escadas, era no mesmo prédio, mas na rua de trás. Fiz o check-in, o cara meio mal-humorado, e eu: “Então, em que quarto eu vou ficar?” “Ah, o Fulano vai te levar lá”. Nem era na mesma entrada! Era no mesmo prédio, mesma rua, mas uns 100 metros de distância. Exercício de paciência, exercício de paciência...
Sinceramente? O quarto à primeira impressão é péssimo, meio espremido, muita gente no mesmo quarto... mas depois se acostuma, da pra viver! Não recomendo pra ninguém não, mas chega um ponto, depois de tanto trocar de quarto nessa viagem, que a gente aceita qualquer coisa ter onde dormir sossegado. Tem um armário onde cabem minhas coisas em segurança, uma cozinha onde posso fazer minha comida, geladeira onde posso colocar minha comida, banheiro dentro do quarto e internet de graça!
Me instalei e saí pra caminhar, procurar o que comer. Peguei um mapa no quarto que tem os principais prédios em evidência e saí pra andar por aí e comer. Achei um McDonald’s não muito longe dali, e almocei lá mesmo. Circulei no mapa os pontos por perto que pareciam mais interessantes, tracei minha rota e continuei caminhando. Passei por lugares muito bacanas, e Roma é assim: uma cidade que aparentemente não tem nada demais, aí você cruza com uma esquina e se depara com um prédio enorme, com estátuas gigantes que estão ali desde o início da civilização, só. A história por trás daquelas construções parece escrita nas paredes delas. Passei por um lugar chamado Trinità dei Monti, onde da pra se ver a cidade inteira, com o Vaticano ao fundo, é maravilhoso. Desci na direção de uma fonte muito bonita, cheia de gente e parece que tem alguma história particular por trás, devido à concentração de pessoas. Andar por aí na rua sozinho é bom, posso parar e ficar onde eu quiser pelo tempo que eu quiser, fazer o que eu quiser, comer aonde e quando eu quiser, mas o ruim é que não se sabe a história por trás das coisas. Ter um guia nessas horas seria bem melhor.
Voltei ao Hostel, tomei um banho e encontrei umas almas vivas. Um cara da Venezuela chamado Alejandro que não agüenta mais a Lady Gaga e um argentino muito gente boa chamado Javier. Conversamos um pouco, e combinamos de sair à noite, comer alguma coisa. Conversei com família em casa, e quando era hora de sair, os caras aqui estavam dormindo. Lanchei por conta própria e fiquei a toa, fazendo nada. A noite apareceu mais gente aqui no Hostel e todo mundo ficou conversando, foi legal.
O bom de Hostels é isso. A gente vê alguém e vai falar oi, perguntar o nome, conhecer a pessoa. Por mais que eu esteja sozinho, não se passou um dia em que eu não conhecesse alguém diferente, sempre tem com quem conversar.
No dia seguinte levantei por volta das nove, tomei café da manhã e saí num sentido diferente do dia anterior. Andei até uma e pouco da tarde, e a bateria da câmera acabou. Pensei: “Não vou voltar aqui só para tirar fotos mais tarde, então vou para o Hostel, recarrego a bateria, almoço, descanso e mais tarde continuo o passeio”. Passei no mercado, comprei uma pizza, cheguei ao Hostel e lá estavam Alejandro e Javier, almoçando. Aí eles fizeram um convite que não tive como recusar. “Vamos à praia?” Eu já tinha pensado nisso, tinha vontade, mas sozinho não iria, e a oportunidade era muito boa, podia terminar o passeio outro dia, tenho um livre. “Ah, vamos. Agora?” “Em uma hora”. Deu pra almoçar, e não descansar.
Um euro pra ir, outro pra voltar, de metrô. Óstia é outra cidade, a pouco mais de uma hora de metrô, saindo da estação Termini. Pra ser sincero, o passeio nem foi lá essas coisas. Ir à praia cansa, é esquisito! Não andei muito, só fiquei sentado na areia, dei um mergulho de 2 minutos no mar, só pra dizer que entrei no Mar Mediterrâneo, e voltei exausto! Deve ser o Sol. Tá quente demais, não tem explicação.
Voltamos era quase sete e meia, e ninguém tinha ânimo pra encontrar o povo de ontem. Tínhamos combinado de encontrar o pessoal que estava no Hostel na noite anterior na fonte famosona lá esse horário, parece que tem uns efeitos com luz muito bonitos lá, mas não fomos. Eu mesmo comi, tomei banho, liguei pra casa e capotei.
Dormi cedo porque ia começar uma nova tática. Cansei de ficar estatelando e suando no sol, não tem necessidade. Então no dia seguinte iria acordar o mais cedo o possível, sair cedo, e voltar ao Hostel por volta das 11. Almoçar, descansar, dormir um pouco e sair de novo lá pelas 16, quando o sol já está mais baixo. Não tem sentido ficar se queimando no sol à toa!
Acordei então eram 7 e meia da manhã, tomei café no meu ritmo de “acordei cedo”, dei uma arrumada nas coisas e quando saí pra caminhar de novo, eram 8 e quarenta. Quando eu voltei e mostrei pro povo aonde tinha ido, eles ficavam espantados, pois eram 11 horas. É, eu fui longe e caminhei bastante. Fui à região do coliseu, tudo ali em volta.
Tava na fila pra entrar no coliseu, mas desisti no meio do caminho. No começo da fila, um aviso dizia que é 4 euros pra entrar no museu, e quando vai chegando perto, outro dizendo que é 12! Não, to afim de pagar tudo isso não, já vi por fora. Sei que por dentro deve ser impressionante, mas já tava cansado também, e posso ver as fotos de lá de dentro na internet quando eu quiser!
Voltei pro Hostel, e aqui estou descansando, pra seguir a nova estratégia e sair às 16, de novo. Então eu vou pro Vaticano, a parte mais esperada! Depois eu conto como foi! =)
achei o maaximo! queria ta ai! ahahah
ResponderExcluirEu não achei nada o máximo... Tadinho do meu filhinho... Ai, essas experiências... Tá, é pro crescimento, titia sabe... beijo, se cuida...
ResponderExcluirTia Nena