Que sono fenomenal! E que atividade chata, credo!
A sexta feira começou no mesmo horário de todas as outras, apesar de não termos aula normal. Era uma atividade intitulada “Workshop: International Communication”, onde os alunos de todos os cursos foram divididos em dois grupos, um pela manhã e outro pela tarde. Fiquei na turma da manhã, e pra ser bem sincero, nem me lembro direito do que aconteceu, tamanho sono eu estava. Sei que a professora, se bem que nem sei se ela era mesmo professora ou só palestrante, falou muito sobre a cultura alemã e como os alemães são. Mas isso dá pra ver em qualquer alemão aqui. Eles são calados, na deles, e só falam o necessário. São muito competentes e pontuais também. Pronto, tai o que eu lembro! Hehehe...
Fomos almoçar no nosso RUzão, o MENSA, e eu jurava que ia dormir a tarde inteira. Mas ainda bem que não dormi, porque visitei um lugar muuuito legal.
Pegamos o ônibus em direção a Vaals, uma cidadezinha do lado holandês da fronteira, muito bonitinha. Conversamos com um floricultor e ele nos indicou como chegar onde queríamos, e depois de meia hora pegamos o ônibus “Dreilandenpunt”. A tradução para Dreilandenpunt é “ponto dos três paíeses”, e esse lugar é a tríplice fronteira entre a Alemanha, Bélgica e Holanda. O ônibus leva a tipo um parque, que tem um labirinto de sebes, igual ao que a gente vê nos filmes, a exata divisa dos três países e uma torre enorme, que pra subir você paga 1,50 euro e sobe ou de elevador, ou de escada. A escada é de grade, e ao olhar pra baixo da um sustinho fera, mas nada demais... Bem, nem preciso dizer que a vista lá de cima é magnífica, né? Pra cada lado que se olha se vê um país diferente com construções diferentes, e no lado holandês se tinha várias usinas eólicas, muito fera. Ficamos lá por um tempo e voltamos pra casa, porque ainda tinha um evento com os Buddys a noite.
Achávamos que daria tempo de chegar ao Hostel e dormir um pouco antes de ir ao encontro, mas o trajeto de volta foi bem mais demorado que o esperado. Chegamos ao Hostel em cima da hora, tomamos banho e lá fomos nós outra vez, caindo de sono.
Chegamos ao bar “Labirynth” e estavam todos lá, e foi uma noite bem legal. Todos estavam conversando, rindo, e tínhamos dois drinques grátis, por conta da faculdade. O plano era voltar pro Hostel o mais cedo o possível, mas o povo tava muito animado. Tomamos os dois drinques, e o Toby, um dos organizadores do curso, sugeriu que fizéssemos um “Pub Crawl” (Crawl, em inglês, é rastejar, então essa expressão sugere uma ida de bar em bar), pra conhecer os Pubs mais famosos de Aachen. Eu já estava caindo de sono a essa hora, mas... não vim pra cá pra dormir! =) Fomos a outro bar, e já estava tarde e frio, e imagine que massa: o bar oferece uns cobertores para os clientes! =) Tomamos uma cerveja colorida, que é misturada com outra bebida, e era muito forte. Conversando, lembramos que o Hostel tinha hora pra fechar, então (finalmente) fomos pra casa, e claro, capotei.
Mas o mais interessante da noite foram as conversas. No dia seguinte iríamos à Maastricht, na Holanda, e todos sabem que na Holanda há as banquinhas onde se é permitido fumar maconha. Conversando com os Buddys, descobrimos que muitos dos alunos de Aachen fumam maconha. Vão à Holanda, compram sua droga, e voltam pra Aachen para fumar nas festas. Claro que não são todos que usam, muitos Buddys insistiram bastante que não usássemos, mas outros diziam que não havia problema. É tudo uma questão cultural. Como não é ilegal do mesmo jeito que no Brasil e há uma tolerância enorme, não existe preconceito. Usa quem quer, sem medo. Quem não quer não usa, e não acha um absurdo outros fumarem. E todos convivem bem. Engraçado, hã?
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